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Figura 52-10.1


    O enunciado do problema afirma que há uma predominância global indutiva. Logo, a corrente está atrasada de 45° em relação à tensão aplicada ao circuito. Com isso podemos escrever:

    IT = 100 ∠ - 45°

    Após determinarmos as principais variáveis envolvidas na solução, podemos redesenhar o circuito conforme pode ser visto na Figura 52-10.2.


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Figura 52-10.2

    Note que entre os pontos 1 - 2 aparece a impedância 2 + j 4, que é a soma dos componentes que aparecem na Figura 52-10.1, haja vista que os mesmos estão conectados em série

    Agora queremos determinar os valores de Z1 e Z2. Para isso, devemos conhecer o valor de V2b. Inicialmente, vamos determinar o valor de V12. Logo:

    V12 = IT (2 + j 4) = 100 ∠- 45° x 4,47 ∠ 63,43°

    Nesta equação, usamos o fato que 2 + j 4 = 4,47 ∠ 63,43°. Efetuando o cálculo, encontramos:

    V12  =  447 ∠ 18,43°   V

    Dessa forma, o valor de V2b é dada pela diferença entre V1 e V12, ou:

    V2b  =  V1 - V12 = 1.000 √2 ∠ 0°  -  447 ∠ 18,43°

    Efetuando o cálculo, encontramos:

    V2b  =  1.000 ∠ - 8,12°

    Neste ponto da solução do problema, devemos prestar muita atenção na carga 1. Como concluímos no início da solução, temos R1 = X1. Então, a queda de tensão em R1 e X1 serão iguais a VR1 = VX1 = 707 V. Como sabemos, a potência em ambos elementos são iguais em valores absolutos. Logo:

    R1  =  X1  =  (VR1)2 / P1 = 7072 / 40.000

    Efetuando o cálculo, encontramos:

    R1  =  X1  =  12,5   Ω

    Agora podemos escrever Z1 = 12,5 - j12,5 = 17,68 ∠- 45°. Então, aplicando a lei de Ohm, podemos determinar o valor de I1, ou seja:

    I1  =  V2b / Z1  =  1.000 ∠ - 8,12° / 17,68 ∠ - 45°

    Efetuando o cálculo, encontramos:

    I1  =  56,56 ∠ 36,88°   A

    E para calcularmos a corrente I2 basta calcular a diferença entre IT e I1, pois sabemos pela lei de Kirchhoff   para correntes que IT = I1 + I2. Então:

    I2  =  IT - I1 = 100 ∠- 45°  -  56,56 ∠ 36,88°

    Efetuando o cálculo, encontramos:

    I2  =  107,71 ∠- 76,32°   A

    Item b   

    Para encontrarmos os valores de R2 e X2, devemos considerar que, baseado no circuito mostrado na Figura 52.10.2, a potência dissipada por R = 2 Ω vale 2 x 1002 = 20 kW. E a potência dissipada por R1 da carga 1, já calculada, vale 40 kW. Portanto, obrigatoriamente, R2 deve dissipar uma potência de 40 kW, haja vista que o medidor de potência mediu uma potência total de 100 kW. Conhecendo a potência que o resistor dissipa e a corrente que circula por ele, facilmente determinamos seu valor, ou:

    R2  =  P2 / I22  =  40.000 / 107,712

    Efetuando o cálculo, encontramos:


    R2  =  3,45   Ω

    Para calcular o valor de X2, levamos em consideração que o indutor j 4 tem uma potência reativa de 4 x 1002 = 40 kVAR. Assim, a potência reativa deste indutor é anulada pela potência reativa do capacitor da carga 1 que vale Q1 = - 40 kVAR, valor este já calculado no início da solução do problema. Portanto, como o problema afirma que há uma predominância indutiva no circuito, então concluímos que X2 é um indutor e possui uma potência reativa igual a 100 kVAR. Este valor é o resultado da potência aparente do circuito, já calculada, multiplicada pelo ângulo de atraso da corrente total em relação à tensão aplicada ao circuito. E sabemos que esse ângulo vale 45°. Logo, de forma similar ao cálculo de R2, temos:

    X2  =  Q2 / I22  =  100.000 / 107,712

    Efetuando o cálculo, encontramos:


    X2  =  8,62   Ω