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Figura 103-01
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Figura 103-02
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Figura 103-03


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curva_mag.png Figura 103-04


circ_equiv103-1J.png Figura 103-05
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Figura 103-06

    Então, a nova corrente de armadura se elevará para:

    IA = (250 - 242,55) / 0,25  =  29,8 A

    Então, concluímos que diminuindo o fluxo magnético em 1%, geramos um incremento de 49,0% na corrente de armadura. Assim, o aumento da corrente de armadura predomina sobre a diminuição do fluxo magnético e, conforme a eq. 103-15, o conjugado (torque) induzido na máquina sobe. Como τ > τcarga, a velocidade de rotação do motor aumenta.

    Entretanto, quando o motor aumenta de velocidade, a tensão gerada interna EA sobe, fazendo IA cair. Quando IA diminui, o conjugado induzido também cai e, finalmente, iguala-se novamente ao conjugado da carga, em uma velocidade de regime permanente superior à original.

    Todo esse comportamento do motor pode ser resumido em nove passos conforme abaixo.

  • 1 - O aumento de RF faz IF diminuir.
  • 2 - A diminuição de IF diminui o fluxo magnético Φ.
  • 3 - A diminuição de Φ diminui o valor de EA.
  • 4 - A diminuição de EA aumenta o valor de IA.
  • 5 - O aumento no valor de IA eleva o torque τ gerado pela máquina.
  • 6 - A elevação do torque torna τ > τcarga e a velocidade ωA sobe.
  • 7 - O aumento de ωA eleva movamente o valor de EA.
  • 8 - A elevação de EA diminui o valor de IA.
  • 9 - A diminuição de IA faz com que haja diminuição no valor do torque τ até que τ = τcarga em uma velocidade ωA maior.


    1.a - Precauções em relação ao controle de

        velocidade usando resistência de campo

    O efeito do aumento da resistência de campo sobre a característica de saída de um motor em derivação está mostrado na Figura 103-07. Observe que, quando o fluxo na máquina diminui, com o aumento de RF (representada por RF2 na figura abaixo) a velocidade a vazio do motor aumenta, ao passo que a inclinação da curva de conjugado (torque) versus velocidade torna-se mais acentuada. Naturalmente, a diminuição de RF (representada por RF1 na figura abaixo) inverte o processo inteiro e a velocidade do motor diminui. Para motores que operam nesse intervalo, desde a vazio até plena carga, pode-se esperar com segurança que um incremento em RF, com a consequente diminuição de IF, aumentará a velocidade de operação da máquina.

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Figura 103-07

    Percebemos que essa forma é uma consequência da eq. 103-26, que descreve a característica de saída do motor. Na eq. 103-26, a velocidade a vazio é proporcional ao inverso do fluxo do motor, ao passo que a inclinação da curva é proporcional ao inverso do quadrado do fluxo. Portanto, uma diminuição de fluxo faz a característica de conjugado versus velocidade tornar-se mais inclinada.


        2 - Variação da Tensão de Armadura

    A segunda forma de controle de velocidade envolve a variação da tensão aplicada à armadura do motor sem alterar a tensão aplicada ao campo. Uma conexão similar à da Figura 103-08 é necessária para esse tipo de controle. De fato, o motor deve ser de excitação independente para se usar o controle por tensão de armadura, VA.

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Figura 103-08

    Se a tensão VA for incrementada, então a corrente de armadura IA do motor deverá aumentar. À medida que IA sobe, o conjugado induzido τ aumenta, tornando τ > τcarga, fazendo a velocidade do motor ωA aumentar. No entanto, quando a velocidade ωA cresce, a tensão interna gerada EA aumenta, fazendo a corrente de armadura IA diminuir. Essa diminuição em IA reduz o conjugado induzido, fazendo com que o conjugado da máquina se iguale ao conjugado da carga, porém em uma velocidade de rotação mais elevada.

    No controle por tensão de armadura, quanto menor for a tensão de armadura em um motor CC de excitação independente, mais lentamente ele irá girar e, por outro lado, quanto maior for a tensão de armadura, mais rapidamente ele irá girar. Como um aumento na tensão de armadura causa um aumento de velocidade, sempre há uma velocidade máxima que pode ser alcançada com o controle por tensão de armadura. Essa velocidade máxima ocorre quando a tensão de armadura do motor atinge seu valor máximo permitido.

    Se o motor estiver operando com sua tensão, corrente de campo e potência nominais, então ele estará girando na velocidade de base. O controle por tensão de armadura pode controlar a velocidade do motor para velocidades inferiores à velocidade de base, mas não para velocidades superiores à velocidade de base. Para obter uma velocidade maior que a velocidade de base usando o controle por tensão de armadura, seria necessário uma tensão de armadura excessiva, possivelmente danificando o circuito de armadura. O fator limitante é o aquecimento dos condutores da armadura, o que coloca um limite superior no valor da corrente IA de armadura.

    No controle por tensão de armadura, o fluxo no motor é constante, de modo que o conjugado máximo no motor é dado pela eq. 103-29.

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    eq.   103-29

    Esse conjugado máximo é constante, independentemente da velocidade de rotação do motor. Como a potência fornecida pelo motor é dada por P  , a potência máxima do motor para qualquer velocidade controlada por tensão de armadura é dada pela eq. 103-30

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    eq.   103-30

    Portanto, no controle por tensão de armadura, a potência máxima fornecida pelo motor é diretamente proporcional à sua velocidade de operação.

    Observa-se que o controle de velocidade por meio do controle da tensão de armadura disponibiliza uma gama de possibilidades de controle suave da velocidade de rotação, de zero até velocidade nominal, definida pela velocidade obtida quando a máquina é alimentada por uma tensão nominal. Entretanto, esse método de controle de velocidade é caro, pois requer uma fonte de tensão variável adicional (excitação independente) para o circuito de armadura, de forma que seja utilizada uma fonte de tensão constante para manter a corrente de campo constante. Esse tipo de controle pode ser aplicado, por exemplo, em elevadores e guindastes.



    2.a - Efeito de um Circuito de Campo Aberto

    Neste item houve uma discussão do controle de velocidade pela variação da resistência de campo de um motor CC em derivação. Quando a resistência de campo aumentava e, consequentemente, a corrente de campo IF era reduzida, a velocidade do motor aumentava. Pergunta: o que aconteceria se o circuito de campo realmente abrisse enquanto o motor estivesse operando? Da discussão anterior, o fluxo na máquina diminuiria repentinamente até chegar ao valor residual e com isso EA diminuiria junto. Isso causaria um grande aumento da corrente de armadura IA e o conjugado induzido resultante seria bem mais elevado do que o conjugado de carga no motor. Portanto, a velocidade do motor começaria a aumentar e continuaria subindo até, provavelmente, acontecer uma catástrofe com a máquina. Logo, é necessário se tomar precauções com a abertura do enrolamento de campo ou abertura do reostato de campo. Isso é feito tomando-se algumas providências, como por exemplo, incluir relés de desligamento da tensão de alimentação da máquina, caso ocorra o evento citado acima.



        3.3   Motores CC em Série

    Um motor CC série é um motor CC cujos enrolamentos de campo consistem em relativamente poucas espiras conectadas em série com o circuito de armadura. Em um motor série, a corrente de armadura, a corrente de campo e a corrente de linha são todas a mesma. A equação da lei de Kirchhoff para as tensões desse motor é mostrada na eq.103-31.

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    eq.   103-31

    Nesta equação, RS é a resistência do enrolamento série do motor. Demais variáveis já são do nosso conhecimento. Observe a concordância desta equação com o circuito equivalente de um motor CC série mostrado na Figura 103-09.

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Figura 103-09


        3.3.1   Conjugado em um Motor CC Série

    A característica de terminal de um motor CC série é muito diferente da característica do motor em derivação estudado anteriormente. O comportamento básico de um motor CC série deve-se ao fato de que o fluxo é diretamente proporcional à corrente de armadura, no mínimo até que a saturação seja alcançada. À medida que aumenta a carga do motor, seu fluxo também aumenta. Como foi visto antes, um aumento de fluxo no motor causa uma diminuição de sua velocidade. O resultado é que um motor série tem uma característica de conjugado versus velocidade de declive muito acentuado.

    O conjugado induzido dessa máquina é dado pela eq. 103-15, já estudado mo item 2.3 e repetida abaixo para maior clareza.

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    eq.   103-15

    O fluxo dessa máquina é diretamente proporcional à sua corrente de armadura (no mínimo até que o metal sature). Portanto, o fluxo da máquina pode ser dado por

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    eq.   103-32
    Onde c é uma constante de proporcionalidade. Assim, substituindo a eq. 103-32 na eq. 103-15, o conjugado induzido dessa máquina pode ser expresso pela eq. 103-33.
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    eq.   103-33

    Em outras palavras, o conjugado do motor é proporcional ao quadrado de sua corrente de armadura. Como resultado, é fácil ver que um motor série fornece mais conjugado por ampère do que qualquer outro motor CC. Portanto, ele é usado em aplicações que requerem conjugados muito elevados. Exemplos dessas aplicações são os motores de arranque dos carros, os motores de elevador e os motores de tração das locomotivas.



        3.3.2   Características de Saída de um Motor

            CC Série

    Para determinar a característica de saída de um motor CC série, uma análise será feita supondo uma curva de magnetização linear e então os efeitos de saturação serão examinados por meio de uma análise gráfica. O nosso interesse é descobrir uma equação que relacione a velocidade de rotação do motor em função do torque induzido na máquina. A eq. 103-34 mostra essa relação. Caso esteja interessado em saber como chegamos a essa equação, acesse o link Aqui!.

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    eq.   103-34

    Observe que, para um motor série não saturado, conforme a eq. 103-34, a velocidade do motor varia com o inverso da raiz quadrada do conjugado. Trata-se de uma relação bem incomum! Examinando essa equação, pode-se ver imediatamente uma das desvantagens dos motores série. Quando o conjugado desse motor vai a zero, sua velocidade vai a infinito. Na prática, o conjugado nunca pode ser inteiramente zero devido às perdas mecânicas, no núcleo e suplementares. Entretanto, se nenhuma outra carga mecânica for acoplada ao motor, ele poderá girar suficientemente rápido para ser danificado. Essa característica de conjugado versus velocidade ideal está plotada na Figura 103-10.

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Figura 103-10

    Tratando-se de motores série há uma recomendação muito importante: nunca deixe um motor CC série completamente sem carga e nunca acople a carga mecânica por meio de uma correia ou outro mecanismo que possa se romper. Se isso acontecesse e o motor ficasse sem carga enquanto estivesse em funcionamento, os resultados poderiam ser muito graves.



        3.3.3   Controle de Velocidade de um Motor

              CC Série

    Diferentemente do motor CC em derivação, há apenas um modo eficiente de alterar a velocidade de um motor CC série. Esse método consiste em variar a tensão de terminal do motor. Se a tensão de terminal for incrementada, o primeiro termo da eq. 103-34 aumentará, resultando em uma velocidade mais elevada para qualquer conjugado dado.

    A velocidade dos motores CC série também pode ser controlada pela inserção no circuito do motor de um resistor em série. Entretanto, essa técnica desperdiça muita potência e é usada apenas por períodos intermitentes durante a partida de alguns motores.

    Até os últimos 40 anos, aproximadamente, não havia maneira conveniente de se variar VT, de modo que o único método de controle de velocidade disponível era o método de controle por resistência em série, que desperdiça muita energia. Atualmente, isso mudou com o desenvolvimento de novas tecnologias, permitindo o uso de circuitos de controle a estado sólido. Hoje, temos circuitos integrados especificamente desenvolvidos para uso em controle de velocidade de motores.



        3.4   Motores CC Composto

    Um motor CC composto é um motor que tem campos em derivação e em série. Esse motor está mostrado na Figura 103-11. Os pontos ou marcas que aparecem nas bobinas dos dois campos têm o mesmo significado que os pontos ou as marcas em um transformador: uma corrente que entra no terminal com marca produz uma força magnetomotriz positiva. Se a corrente entrar nos terminais com marcas de ambas as bobinas de campo, as forças magnetomotrizes resultantes combinam-se, produzindo uma força magnetomotriz total maior. Essa situação é conhecida como composição cumulativa ou aditiva. Se a corrente entrar no terminal com marca de uma bobina de campo e sair pelo terminal com marca da outra bobina de campo, as forças magnetomotrizes resultantes subtraem-se. Na Figura 103-11, as marcas circulares correspondem à composição cumulativa do motor e as marcas quadradas correspondem à composição diferencial.

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Figura 103-11

    A equação da lei de Kirchhoff das tensões para um motor CC composto é a mesma equação do motor CC série, ou

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    eq.   103-35

    As relações entre as correntes de um motor composto são dadas por


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    eq.   103-36

    No motor composto, a força magnetomotriz líquida é dada por


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    eq.   103-37

    E a corrente equivalente de campo é dada por


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    eq.   103-38
    Em que o sinal positivo nas equações está associado a um motor CC composto cumulativo e o sinal negativo está associado ao motor CC composto diferencial.


        3.4.1   Característica Conjugado x Velocidade

            de um Motor CC Composto Cumulativo

    No motor CC composto cumulativo (ou aditivo), há uma componente de fluxo que é constante e outra variável, sendo esta proporcional à sua corrente de armadura (e portanto à sua carga). Dessa forma, o motor composto cumulativo tem um conjugado de partida mais elevado do que um motor em derivação (cujo fluxo é constante), mas um conjugado de partida mais baixo do que o de um motor série (cujo conjugado é proporcional à corrente de armadura ao quadrado).

    De certa forma, o motor CC composto cumulativo combina as melhores características de ambos os motores em derivação e série. Como em um motor série, ele apresenta um conjugado extra para a partida e, como em um motor derivação, a velocidade não dispara quando ele está sem carga.

    Com cargas leves ou a vazio, o campo em série tem um efeito muito pequeno, o que leva o motor a comportar-se aproximadamente como um motor CC em derivação. Quando a carga torna-se muito grande, o fluxo do enrolamento em série torna-se bem importante e a característica de conjugado versus velocidade começa a se tornar semelhante à curva característica de um motor série.

    Para dar partida a este motor há necessidade de um reostato de partida, como foi estudado nos outros tipos de motores. O conjugado resulta elevado, pois nesta fase a contribuição dada pelo circuito série, o qual reforça o fluxo magnético, é considerável

    Este tipo de motor é usado quando se deseja um forte conjugado de arranque, uma diminuição da velocidade ao se aumentar a carga, e a velocidade a vazio não alcance valores perigosos.

    Um exemplo típico de aplicação deste motor é o de acionamento de laminadores. Neste caso, é providenciado um volante (que vai girar junto com o eixo do motor) para o motor com dimensões e massa adequados ao propósito de uso. Nos intervalos entre as cargas, o motor fornece ao volante uma determinada energia cinética. Quando é imposta ao motor uma sobrecarga, o volante contribui com sua energia cinética, ajudando o motor a vencer essa sobrecarga sem necessidade do motor absorver corrente extra da linha de alimentação. Assim sendo, com o emprego dos motores compostos cumulativos, eliminam-se das linhas de alimentação os picos de corrente necessários à suprir sobrecargas. Com isso, eliminamos os picos de corrente tão prejudiciais tanto para as linhas de distribuição como para os geradores de energia elétrica.



       3.4.2   Característica Conjugado x Velocidade

           de um Motor CC Composto Diferencial

    Em um motor CC composto diferencial, a força magnetomotriz em derivação e a força magnetomotriz em série subtraem-se entre si. Isso significa que, quando a carga no motor aumenta, IA aumenta e o fluxo no motor diminui. Entretanto, quando o fluxo diminui, a velocidade do motor eleva-se. Essa elevação de velocidade causa outro aumento de carga, o que por sua vez aumenta IA e diminui mais o fluxo, aumentando novamente a velocidade. O resultado é que um motor CC composto diferencial é instável e sua velocidade tende a disparar. Essa instabilidade é muito pior do que a de um motor em derivação com reação de armadura. Para tornar as coisas piores, é impossível dar partida a esse motor. Nas condições de partida, a corrente de armadura e a corrente do campo em série são muito elevadas. Como o fluxo em série é subtraído do fluxo em derivação, o campo em série pode na realidade inverter a polaridade magnética dos polos da máquina. Tipicamente, o motor permanece imóvel ou gira lentamente no sentido contrário ao pretentido, ao mesmo tempo que os enrolamentos queimam-se, devido à excessiva corrente de armadura. É tão ruim que um motor CC composto diferencial não é adequado para nenhuma aplicação. Por este motivo, não nos aprofundaremos na análise deste tipo de motor.



        3.4.3   Controle da Velocidade de um Motor

            CC Composto Cumulativo

    As técnicas disponíveis para o controle de velocidade de um motor CC composto cumulativo são as mesmas disponíveis para um motor em derivação:

  • Mudar a resistência de campo RF.
  • Mudar a tensão de armadura EA.
  • Mudar a resistência de armadura RA.

    As explicações que descrevem os efeitos da variação de RF ou EA são muito semelhantes às que foram dadas anteriormente para o motor CC em derivação.