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Figura 57-01

Tabela 57-01
Frequência (Hz) Reatância (Ω) Tensão de Saída (V) Valor em dB Fase em Graus
10 9.947,19 10,0 0 - 0,58
50 1989,44 9,99 - 0,01 - 2,88
100 994,72 9,95 - 0,04 - 5,74
500 198,94 8,93 - 0,98 - 26,69
1000 99,47 7,07 - 3,00 - 45,15
2000 49,74 4,45 - 7,03 - 63,56
5000 19,89 1,95 - 14,20 - 78,75
10.000 9,95 0,99 - 20 - 84,32
20.000 4,97 0,50 - 26 - 87,15
50.000 1,99 0,20 - 34 - 88,86
100.000 0,99 0,10 - 40 - 89,43

    A Tabela 57-01 mostra que ao crescer o valor da frequência da fonte de tensão, a tensão sobre o capacitor vai decrescendo, sendo que para 100.000 Hz, a tensão diminui por um fator de 100 vezes em relação ao valor máximo.

    Por definição, o sinal decai 3 dB na frequência de corte do circuito. Olhando na tabela verificamos que isto ocorre na frequência de 1.000 Hz. Então, para o circuito que estamos analisando sua frequência de corte é 1.000 Hz. Por outro lado, note que para frequências abaixo da frequência de corte a tensão de saída é superior a 70,7% do sinal máximo e para frequências acima da frequência de corte a tensão de saída é inferior a 70,7%. Com os dados da tabela podemos elaborar um gráfico como o mostrado na Figura 57-02 com o objetivo de mostrar o comportamento da saída do circuito em função da frequência. Repare que no eixo da frequência usamos uma escala logarítmica com a unidade em hertz, e o eixo do ganho (vertical) está em dB.

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Figura 57-02

    Pelo gráfico podemos ver que na frequência de fc/2   há uma queda de 1 dB, e na frequência de 2 fc uma queda de 6 + 1 = 7 dB. Esta diferença de 1 dB ocorre entre a curva teórica e a curva real.

    Com este exemplo, aprendemos como traçar um gráfico do ganho em função da variação da frequência fornecida pela fonte de tensão que alimenta um circuito.

    Então aprendemos que nas frequências as quais o ganho de tensão é igual a 0,707 do seu valor máximo, essas frequência são chamadas de frequências de corte. Assim, em um amplificador temos uma frequência de corte inferior, normalmente denominada f1, e uma frequência de corte superior, normalmente denominada f2. As frequências de corte também são conhecidas como frequências de meia potência, porque a potência na carga é metade do valor máximo nessas frequências. Isto porque a potência na carga é o quociente entre o quadrado da tensão e o valor da resistência de carga. Como o quadrado de 0,707 é igual a 0,5, isso resulta em metade do valor da potência na banda média. Então isso justifica a denominação acima.


      3.2    Banda Média

    A banda média ( ou banda de passagem, ou banda passante) de um amplificador é definida como a banda ou faixa de frequências que está situada entre 10 f1 e 0,1 f2. Na banda média podemos dizer que o ganho de um amplificador é máximo, e vamos denominar de Avm. Assim, podemos afirmar que existem tres características importantes em um amplificador: um sendo o ganho na banda média, ou Avm e as frequência limites, ou seja, f1 e f2.


      3.3    Largura de Banda

    Definimos largura de banda como sendo a diferença entre as frequências de corte inferior e superior e representamos por Δ f, conforme a eq. 57-05.

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     eq.  57-05

      3.4    Resposta Fora da Banda Média

    Normalmente queremos que o amplificador opere na banda média. Porém, há situações em que é preciso saber como ele se comporta antes ou depois das frequências de corte, ou seja, fora da banda média. Então, sabendo os valores de Avm, f1 e f2, podemos calcular o ganho do amplificador para qualquer frequência f. Portanto, podemos ter duas situações descritas a seguir.


    1 - Resposta Abaixo da Banda Média

    Abaixo da banda média podemos determinar o ganho Av do amplificador através da eq. 57-06.

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     eq.  57-06

    2 - Resposta Acima da Banda Média

    Acima da banda média podemos determinar o ganho Av do amplificador através da eq. 57-07.

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     eq.  57-07

      3.5    Diagrama de Fase

    Para completar este estudo devemos apresentar um gráfico que mostre a variação da fase do sinal na saída em função da frequência. Na tabela acima, a coluna da direita representa a fase.

    A fase é calculada a partir da equação do divisor de tensão usando os fasores adequados.

    Vo = [ V  (Xc ∠ -90 ) / √ (R2 + Xc2)]

    Como estamos interessados na fase θ, trabalhando algebricamente a equação acima na forma Vo / V chegamos a:

    θ = - arctg (R/Xc)

    O ângulo θ representa a diferença de fase entre Vo e V. Como o valor de θ é sempre negativo, a menos de f = 0 Hz, a tensão Vo está sempre atrasada em relação à V. Por isto este circuito é conhecido como circuito de atraso. Na Figura 57-03 podemos ver o gráfico da fase.

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Figura 57-03

    Note que na frequência de corte a fase de Vo está atrasada em relação à V de 45°. Sabemos que nesta frequência XC = R, resultando um quociente entre as duas variáveis igual a 1. Daí, facilmente concluímos que   θ = 45°,  pois    arctg 1 = 45°.