Problema 24-5 Fonte:
Adaptado da Questão 1 da Prova de Circuitos Elétricos II da PUCRS - 2019.
a) Determinar o valor de vc (t) para t > 0 sabendo que o circuito está em regime permanente quando a chave encontra-se na posição mostrada na Figura 24-05.1 para t < 0 .
b) Faça um gráfico da resposta do sistema. Fazendo R = 5 Ω, refaça o gráfico e compare com o anterior.
Figura 24-05.1
Solução do Problema 24-5
Item a
Observe que para t < 0 temos dois circuitos independentes em regime permanente. Dessa forma, podemos calcular
vc (0+) = 5 V e iL (0+) = 20/10 = 2 A. Também podemos calcular o valor de
iR (0+) = (20 - 5)/10 = 1,5 A e, aplicando LKC ao nó a, podemos determinar o valor de
ic (0+) = 1,5 - 2 = - 0,5 A. Essas são as condições iniciais do problema.
Figura 24-05.2
Observe que na Figura 24-05.2, temos um circuito RLC paralelo perfeitamente possível de ser resolvido
aplicando a teoria já estudada.
Então, com os valores fornecidos pelo problema podemos calcular a frequência de operação do circuito
usando a eq. 24-06 e, encontramos:
ωo2 = 1 / L C = 1/ (2 x (1/20)) = 10 rad2/s2
Facilmente concluímos que:
ωo = √10 rad/s
Agora vamos calcular o valor de α de um circuito RLC paralelo. Usando a eq. 24-05, temos:
α = 1/ (2 R C ) = 1 rad/s
Note que nesse caso, α < ωo, confirmando uma resposta subamortecida. Logo,
as duas raízes da equação característica são complexas e a equação para vc (t) será na forma da
eq. 24-14 acrescida de vf = 0. Para maior clareza, abaixo, repetimos a equação.
eq. 24-14
Agora precisamos calcular o valor de ωd, que é dado pela eq. 24-13. Então:
ωd = √ (10 - 1) = 3 rad/s
Então a resposta do sistema é:
vc (t ) = e- t ( B1 cos (3 t) + B2 sen (3 t) )
Neste momento é necessário descobrir os valores de B1 e B2. Para tal,
vamos usar as condições iniciais do problema. Portanto, como sabemos que vc (0+) = 5 V e t = 0,
substituindo na equação acima descobrimos que:
B1 = 5
E para calcular o valor de B2, vamos usar a condição inicial ic (0+) = 1,5 - 2 = - 0,5 A. Como ic está relacionada com a derivada primeira de vc, então derivando
vc encontramos a relação abaixo:
dv(0+) / dt =
ic(0+) / C =
- α B1 + ωd B2
Logo, fazendo a substituição numérica, encontramos:
- 0,5/ (1/20) = - 5 + 3 B2
Resolvendo essa equação, encontramos o valor de B2, ou :
B2 = - 5/3
E agora podemos escrever a equação solução do sistema, ou:
vc (t ) = e- t ( 5 cos (3 t) - (5/3) sen (3 t) ) V
Item b
Figura 24-05.3
Note que, na Figura 24-05.3, o gráfico em azul representa a resposta do problema resolvido no item a. Quando fazemos R = 5 Ω, a resposta do sistema é representada pela curva em vermelho. Neste caso, temos α = 2 rad/s.
Como α representa o fator de amortecimento do circuito, observe que a resposta tende ao regime permanente de uma forma mais rápida. Então, ao diminuirmos o valor de R, aumentamos o valor de α, tornando o circuito mais estável, ou seja, menos oscilante. Há um valor de R onde o circuito deixa de ser subamortecido e passa a ser criticamente amortecido. Esse fato acontece quando R = √10. Verifique!!!