No capítulo anterior, vimos um apanhado geral a respeito dos amplificadores
operacionais. Neste capítulo, veremos que dependendo da topologia usada, a
configuração adquire nome próprio. Vamos analisar a topologia denominada
amplificador operacional na configuração inversora.
Nesta configuração, a entrada não inversora é aterrada e o sinal de entrada,
representado pela fonte de tensão Vi, é ligada à entrada inversora
através do resistor Ri. Entre a saída e a entrada inversora, temos
o resistor de realimentação, aqui representado por Rf.
Na Figura 42-01 acima, vemos um circuito inversor típico. Vamos calcular o ganho de tensão à
malha fechada deste amplificador, que é a relação entre
Vo e Vi.
Como indicado no circuito, ii = 0, logo
i1 = i2. E a partir daí, podemos escrever:
Mas como vimos no capítulo 41, sabemos que V1 = V2. No caso acima, podemos escrever:
Substituindo esses valores na equação acima e trabalhando algebricamente, chegamos
a equação final, ou:
Repare o sinal negativo na equação. Isso quer dizer que o sinal de entrada,
além de ser amplificado, ele aparece na saída invertido, ou seja, defasado em 180 graus
em relação ao sinal de entrada. Mais do que isso:
o ganho de tensão do circuito só depende dos valores dos dois resistores
externos, sendo totalmente independente do tipo de amplificador operacional
utilizado.
Devemos ressaltar que além desse circuito ser um amplificador (|K| > 0)
quando Rf > Ri, ele também pode se comportar como um atenuador
(|K| < 0), bastando fazer Rf < Ri.