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Figura 66-01

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Figura 66-02
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Figura 66-03

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Figura 66-04

    Quando o semiciclo positivo da tensão de entrada ultrapassa o valor de VD + V1, o diodo D entra em condução. Então a tensão na saída do amplificador operacional, Vo, ficará limitada a esse valor, porém com a polaridade invertida, pois o amplificador operacional está na configuração inversora, ou seja:

    Se   Vi > VD + V1⇒  Vo = - ( VD + V1 )

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Figura 66-05

    Veja na Figura 66-05 o gráfico da característica de transferência do circuito. Repare que para a entrada no semiciclo negativo, a saída do circuito tem um valor positivo, obedecendo a inclinação da reta cujo valor é dada por - (Rf / Ri) . Essa inclinação é obedecida inclusive quando a tensão de entrada está no semiciclo positivo, até alcançar o valor de VD + V1. Para valores maiores que esse a tensão de saída está limitada a  - (VD + V1 ).

    Podemos criar um circuito onde a saída seja limitada em um valor positivo, bastando inverter o sentido do diodo e da bateria. Podemos ver na Figura66-06 um exemplo típico deste circuito.

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Figura 66-06

    Note que nesse circuito não haverá limitação em todo o semiciclo positivo da tensão de entrada. No semiciclo negativo, enquanto a tensão de entrada não atingir o valor - (VD + V1 ) a tensão de saída obedecerá a relação - (Rf / Ri). Portanto a tensão de saída será dada por:


    Se   Vi ≥ - (VD + V1 )   ⇒   Vo = - (Rf / Ri ) Vi

    Quando a tensão de entrada atingir o valor - (VD + V1 ) a tensão de saída ficará limitada no valor + (VD + V1 ). Portanto a tensão de saída será dada por:


    Se   Vi < - (VD + V1 )   ⇒  Vo = + ( VD + V1 )

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Figura 66-07

    Veja na Figura 66-07 o gráfico da característica de transferência do circuito. Repare que para a entrada no semiciclo positivo, a saída do circuito tem um valor negativo, obedecendo a inclinação da reta cujo valor é dada por - (Rf / Ri) . Essa inclinação é obedecida inclusive quando a tensão de entrada está no semiciclo negativo, até alcançar o valor de - (VD + V1 ). Para valores menores que esse a tensão de saída está limitada a  + (VD + V1 ).


        4.1   Limitador Duplo com Opamp e Diodo

    Evidentemente que juntando os dois últimos circuitos estudados, podemos elaborar um circuito limitador duplo, como o que aparece na Figura 66-08.

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Figura 66-08

    Baseado no que já estudamos, facilmente vemos que o ramo superior é responsável pela operação no semiciclo positivo da tensão de entrada, enquanto que o ramo inferior é responsável pela operação no semiciclo negativo da tensão de entrada. Nesse caso, o circuito funciona exatamente como foi exposto anteriormente. Assim, não vamos repetir a explicação. Naturalmente que o gráfico da característica de transferência do circuito muda um pouco e apresentamo-lo na Figura 66-09.

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Figura 66-09

    Notadamente temos três situações possíveis para a tensão de saída, como mostrado abaixo.


    Se   Vi < - (VD2 + V2 )   ⇒  Vo = + ( VD2 + V2 )
    Se  - (VD2 + V2 ) ≤ Vi ≤ - (VD1 + V1 )   ⇒   Vo = - (Rf / Ri ) Vi
    Se   Vi > + (VD1 + V1 )   ⇒  Vo = - ( VD1 + V1 )

        4.2   Limitador Duplo com Rede Resistiva

    Os circuitos estudados neste item utilizam baterias para se conseguir o ponto de limitação desejado. O uso de baterias é apenas um recurso didático. Na prática, substituímos por uma rede resistiva que satisfaça os objetivos do projeto. Assim, na Figura 66-10 podemos ver um circuito que usa divisores resistivos a fim de se conseguir os pontos de limitação. Vamos analisar como funciona esse circuito.

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Figura 66-10

    Assim que a tensão de entrada iniciar o semiciclo positivo, a tensão de saída inicia seu semiciclo negativo, pois o amplificador operacional está na configuração inversora. E os dois diodos estão em corte. Enquanto a tensão de entrada não superar o valor limite para a condução de D1, a tensão de saída segue o ganho de tensão do circuito, ou Vo = - (Rf / Ri ) Vi. Para D1 entrar em condução, a tensão de saída deve alcançar um valor negativo tal que Va seja - 0,7 V ou mais, pois o anodo de D1 está conectado ao terra via entrada positiva do amplificador operacional. Logo, para se determinar o valor de Va podemos usar o teorema da superposição. Então aplicando este teorema, obtemos:

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    Para entender como conseguimos essas equações, podemos nos basear no circuito mostrado na Figura 66-11, substituindo a tensão de VD por Va.

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Figura 66-11

    Agora necessitamos determinar para que valor de Vo o circuito limitador começará a atuar. Para tanto, vamos nos basear na Figura 66-11 onde temos o esquema do circuito de saída para a condição limite onde D1 entrará em condução. Neste caso, pelo diodo não circulará corrente elétrica, como indicado na figura acima e, portanto, a corrente que circula por R1 é a mesma que circula por R2. Baseado nessa informação, podemos escrever as equações das duas malhas para a determinação de I, ou:

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    Então o limite para a condução do diodo, quando Vo percorre o semiciclo negativo, vamos denominar de Vo-. Após um trabalho algébrico na equação acima, chegamos a:

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    Note que quando Vo alcança o valor necessário para o diodo D1 conduzir, a tensão no ponto a é fixada em Va = - 0,7 V. E como V também é constante, então a corrente sobre R1 permanece constante. Portanto, um acréscimo na corrente pelo diodo deve circular por R2, gerando um efeito de que R2 atua em paralelo com Rf e o ganho incremental é dado por:

    Av = - ( Rf || R2 ) / Ri

    E quando a tensão de entrada está no semiciclo negativo, a característica de transferência do circuito pode ser encontrada de modo idêntico ao empregado acima. Enquanto a tensão de entrada não superar o valor limite para a condução de D2, a tensão de saída segue o ganho de tensão do circuito, ou Vo = - (Rf / Ri ) Vi. Para calcular o valor de Vb empregamos o método da superposição como feito anteriormente. Assim, encontramos:

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    Encontramos essa equação tomando como base o circuito mostrado na Figura 66-12, com a retirada da bateria VD do circuito.

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Figura 66-12

    Para determinar o valor de Vo onde o circuito limitador começa atuar, repetimos o processo anterior valendo as mesmas considerações feitas na oportunidade. Note que quando o diodo D2 inicia a condução, o ponto b terá sua tensão fixada em + 0,7 V. Então, baseado no circuito da Figura 66-12 podemos escrever:

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    No limite para a condução do diodo, quando Vo percorre o semiciclo positivo, vamos denominar de Vo+. Após um trabalho algébrico na equação acima, chegamos a:

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    Aqui - V também é constante, então a corrente sobre R4 permanece constante. Portanto, um acréscimo na corrente pelo diodo deve circular por R3, gerando um efeito de que R3 atua em paralelo com Rf e o ganho incremental é dado por:

    Av = - ( Rf || R3 ) / Ri

    Para finalizar vamos apresentar o gráfico da característica de transferência do circuito. Veja a Figura 66-13.

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Figura 66-13